segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Como Foi Tramada a Morte de Valério Luiz, Segundo Policiais


Valério Luiz: pistoleiro que o matou agiu a serviço de pessoas 
poderosas
Policiais civis e militares contam “n” histórias sobre o assassinato do radialista e comentarista esportivo Valério Luiz, ocorrido há mais de quatro meses, em Goiânia. Nos bastidores, afirmam que a trama do assassinato teria se dado mais ou menos assim: um empresário, milionário e poderoso, teria dito, numa conversa informal, a um oficial da Polícia Militar que o comentarista esportivo da Rádio Jornal o estaria incomodando há muito tempo, sempre pegando no seu pé. A primeira conversa teria parado por aí.

Dias depois, empresário e policial voltaram a se encontrar, na Churrascaria Lancaster Grill, no Setor Sul. O empresário, ainda irritado, teria reclamando, pela segunda vez, do radialista. Depois de ouvi-lo atentamente, o oficial teria dito: “Há um meio de ‘fazê-lo’ e eu tenho alguém para ‘queimá-lo’”. Inicialmente, o empresário teria ficado “assustado”, mas teria sugerido: “Toca o barco”.

No encontro seguinte, o militar chegou acompanhado de outro oficial, tido como “violento” e apontado como “terror” dos próprios colegas. É temidíssimo, não tem medo de nada e é apontado como um militar “eficiente”. Colegas comentam, sem muita fé, que tem o “corpo fechado”. Ele teria avisado que não faria o “serviço”, mas mencionou que havia um pistoleiro talhado para a missão. Seria um exímio atirador e um homem destemido. Um profissional. O empresário, embora ainda irritado com o radialista, teria ficado “impressionado” com o “esquema”. Falou-se pela primeira em pagamento. A amigos, o milionário sustenta que não é o mandante do crime e que, embora tenha se encontrado com policiais, em momento algum discutiu “pagamentos” e “missões”. Assegura também que o oficial tinha rixa pessoal com o comentarista esportivo e que pode ter agido por conta própria, sem qualquer incentivo.

O fato, o aspecto objetivo, é que, depois da conversa, Valério Luiz foi assassinado, em julho deste ano, durante o dia, e exatamente por um pistoleiro hábil na arte de atirar e que não hesitou em momento algum.

Sobre o pagamento fala-se em valores de 10 mil a 20 mil reais, mas são especulações feitas por policiais, que admitem que não têm objetividade alguma na apresentação dos valores, notadamente a respeito do caso. Afirmam que são “valores de mercado” para pessoas muito importantes. Alguns pistoleiros matam por preços bem menos elevados.

Outra corrente de policiais afirma que a negociação não envolveu dinheiro, e sim favores. O policial que apresentou o pistoleiro supostamente devia favores ao oficial de maior patente e, com a morte de Valério Luiz, teria quitado sua “dívida”.

O que se disse acima são especulações de policiais civis e militares. Eles preferem falar em “exposição próxima do factual”. Espera-se que não estejam criando “ficção” a partir de fatos reais.

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