A 16ª Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) acontece hoje, no mercado aberto da Avenida Paranaíba, sem o apoio da prefeitura de Goiânia. O coordenador da parada, Léo Mendes, afirma que o movimento sofreu boicote e é vítima de homofobia e machismo.
A coordenação da parada esperava que a prefeitura emprestasse o palco e a aparelhagem de som, como é de costume. Como os aparelhos demandam potência elétrica acima do normal, o movimento pagou R$ 494 pela ligação trifásica. "Agora até este dinheiro será perdido? A organização já está com tudo adiantado para o evento e agora recebemos essa notícia", disse Léo à reportagem doDiário da Manhã.
O professor Marco Aurélio Santiago, outro coordenador da Parada de amanhã, reforçou o coro de indignação com do movimento com o prefeito. “Em quinze anos de existência da Parada isso nunca aconteceu. Todos os prefeitos sempre fizeram algo por nós. Dessa maneira, só nos resta classificar essa atitude como homofóbica”.
O palco e o aparelho de som, de acordo com Léo, são fundamentais para que a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e a Defesa Civil transmitam orientações ou avisos aos participantes da mobilização. Léo diz que a má notícia da prefeitura chegou a poucas horas do evento e que, por isso, não houve tempo hábil para que o movimento LGBT buscasse recursos junto à iniciativa privada para realização do evento.
A Parada deveria ocorrer na Estação Cultural, localizada na Praça do Trabalhador, mas em comum acordo com a polícia, a organização decidiu que ocorrerá no mercado aberto da avenida Paranaíba. As atividades começaram hoje (sábado), com vacinação preventiva contra doenças virais, realização de seminários e palestras.
No domingo acontece o desfile tradicional, que este ano tem como tema "Homofobia tem cura: educação e criminalização". Na abertura da Parada, deve ocorrer a execução do hino nacional e discursos de autoridades convidadas, segundo informa reportagem do DM.
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