segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Volta por Cima do Governador Marconi Surpreende Oposição

Marconi Perillo: o governador está calando a boca de seus críticos, que pensaram, errado, que ele estava “imobilizado”

Parece que setores das oposições cantaram vitória antes da hora ao dizer que o governador Marconi Perillo estava “acabado politicamente”. Há alguns equívocos na interpretação. Primeiro, um político nem mesmo perdendo eleições consecutivas — Lula da Silva e Iris Rezende perderam três eleições majoritárias — pode ser considerado inteiramente destruído. Segundo, com a CPI do Cachoeira — que acabou escondendo a CPI de fato necessária, a das empreiteiras, como a Delta, que se tornou uma espécie de Deltabrás —, tentaram arrancar Marconi do governo. Ou seja, tentaram usar o tapetão para derrubar um governador que não perde nas urnas. A tese talvez seja a seguinte: “Como não conseguimos ganhar do tucano eleitoralmente, então temos de desmoralizá-lo e, ao mesmo tempo, arrancá-lo do poder à força”. Não deu certo. A contragosto de alguns de seus integrantes, a CPI do Cachoeira mostrou que, seguindo o rastro do dinheiro, os laços de peemedebistas e petistas com a Delta, a empresa que faturou R$ 4 bilhões dos governos Lula da Silva-Dilma Rousseff e mais de R$ 1,5 bilhão do governo Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, são mais fortes dos que as ligações do governo de Goiás com a “empreiteira red”.

No final, como entenderam jornais, como a “Folha de S. Paulo”, e políticos de vários partidos, Marconi se tornou uma vítima, um político perseguido por Lula. Mas uma coisa as oposições não perceberam: enquanto parecia acuado, imobilizado pelas denúncias — repetidas à exaustão para que parecessem verdade —, o governador e sua equipe trabalhavam, de modo competente, para recuperar as finanças do Estado, deixadas em frangalhos pelo antecessor, Alcides Rodrigues.

Mas não só. Ao mesmo tempo em que recuperava as contas, Marconi investia, dentro das possibilidades, e sobretudo usava a criatividade. Os resultados estão aparecendo. Os índices do Ideb mostram que a educação em Goiás, sob a batuta de Thiago Peixoto, melhorou. A malha rodoviária está sendo recuperada.

O governo goiano já recuperou 2 mil km de estradas e, até 2013, terá restaurado 4 mil km. Não é pouco, mesmo com as típicas dificuldades de caixa. O governo recuperou ruas de várias cidades.

Alcides passou quatro anos dizendo que estava resolvendo o problema da Celg, quando, na verdade, estava sendo enrolado — dadas sua fraqueza política e tibieza administrativa. Marconi, em um ano, resolveu o problema da Celg, mesmo pertencendo a um partido de oposição. As condições da negociação com a Eletrobrás foram amplamente favoráveis ao governo de Goiás, que permanece com a principal parte da companhia de eletricidade.

Ao chegar ao governo, Marconi percebeu que a Iquego estava arrebentada. Não está mais. O Ipasgo era visto como “inadministrável”. Usuários e prestadores de serviços, como médicos, reclamavam da gestão do órgão. O governador pôs no comando um executivo eficiente, José Taveira — que os colegas de governo chamam de “Zé Eficiência”, um verdadeiro workaholic — e as contas do Ipasgo foram ajustadas. A Saúde parecia impossível de “consertar”. Com as organizações sociais gerindo os principais hospitais — um trabalho bem feito por Antônio Faleiros, injustamente afastado pela Justiça da Secretaria de Saúde —, os usuários começam a dizer que o atendimento melhorou.

Para coroar os êxitos do governador, a informação de que o Centro-Oeste é a região que mais cresce no país, e que Goiás tem o maior crescimento entre os Estados, mostra o acerto de suas ações. Pode-se dizer: mas ele está no poder há menos de dois anos. Sim, é verdade. Mas, nos sete anos que ficou no poder, nos dois primeiros governos, com o apoio competente e inovador do economista Giuseppe Vecci e de outros técnicos, criou uma base sólida para “facilitar” o crescimento econômico e o desenvolvimento de Goiás.

Recentemente, numa prova de que sua popularidade está em alta — o prestígio, que é diferente de popularidade, havia sido mantido —, Marconi foi procurado por dezenas de candidatos a prefeito para tirar fotos para santinhos e cartazes. Nos encontros com candidatos a prefeito, de todo o Estado, tem sido aplaudido... de pé. “Marconi é querido por sua base e respeitado na sociedade”, afirma Daniel Goulart, secretário de Relações Institucionais do governo. “Não há dúvida: Marconi faz um governo realizador, municipalista”, acrescenta o vice-governador José Eliton.

Aos que dizem que Marconi não está fazendo política, seus principais aliados, como o secretário-chefe da Casa Civil, Vilmar Rocha, rebatem e dizem que estão errados. Quanto mais governa, de modo republicano — ao estilo da presidente Dilma Rousseff —, mais Marconi faz política. Se tivesse descuidado da gestão, com o objetivo de fazer tão-somente política eleitoral, o governo não estaria bem, não teria se recuperado em larga medida. Há momentos em que a verdadeira política é feita muito mais pelo gestor eficiente do que pelo político populista. A aceitação de Marconi nas bases e a preservação de sua imagem na sociedade civil resultam de que as pessoas parecem entender que ele está cumprindo o papel para o qual foi eleito — o de administrador público eficiente e criativo, que, mesmo na adversidade, tem encontrado soluções para os problemas do Estado.

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