Áulus Rincon
Pontualmente às 10 horas, o tenente coronel PM Wellington Urzeda chegou para depor sobre a morte do cronista Valério Luiz na Delegacia Estadual de Homicídios. Assim como outros militares, Urzeda foi denunciado como tendo participação no assassinato por um email apócrifo encaminhado semanas após o crime para as polícias e imprensa.
Fardado, tranqüilo e bastante solícito com a imprensa, Urzeda disse que nada teme, e voltar a ligar à denúncia a “bandidos travestidos de policiais” que estariam tentando impedir a sua promoção ao posto de Coronel. “Eu nada tenho com esse crime, e estou vindo aqui até mesmo porque fui eu quem me coloquei à disposição, abri todos os meus sigilos e sou parte interessada na conclusão dessa investigação. Tenho 27 anos de Polícia Militar, e nunca, em momento algum fui denunciado por qualquer tipo de irregularidade”, falou.
Urzeda disse ainda que mesmo com a família de Valério tendo solicitado o afastamento dele do caso ele continua colhendo informações que possam levar ao criminoso. “Estou investigando por conta própria pois além de ser interessado, tenho esse direito, e também porque meu nome foi jogado nisso aí”. reclamou. O oficial PM falou ainda que sempre confiou no trabalho da Polícia Civil de Goiás e que tem certeza de que o caso será esclarecido, mas disse também que o verdadeiro criminoso deve estar rindo com tudo o que acontece, pois a linha de investigação é outra.
Valério Luiz foi morto com sete tiros no início da tarde do dia 5 de julho logo após sair da rádio onde trabalhava no setor Serrinha em Goiânia. O assassino do cronista, que estava sozinho, fugiu em uma motocicleta. A principal linha de investigação da Polícia Civil diz respeito às críticas que o cronista vinha fazendo à diretoria do Atlético Goianiense, em especial ao então vice-presidente do Clube Maurício Sampaio, que foi interrogado na última sexta-feira. Esta semana está prevista a oitiva de outros dirigentes e alguns Pms também citados no email apócrifo.
Fonte: Canal Gama
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