quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ricardo Teixeira Embolsou 45 Milhões de Propina


Corte suíça condenou cartolas que receberam subornos da ISL em troca de transmissão de jogos

Um documento divulgado nesta quarta-feira (11) pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) pode incriminar João Havelange, ex-presidente da entidade e Ricardo Teixeira, ex-dirigente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com o documento, Havelange e o Teixeira receberam uma soma equivalente a R$ 45 milhões em propinas.

De 1992 a 1997, segundo documento, Teixeira recebeu pelo menos 12,74 milhões de francos suíços (equivalentes a R$ 26 milhões, nos valores de conversão atual) da empresa de marketing esportivo ISL (International Sports and Leisure), que pediu falência no ano passado. Havelange recebeu 1,5 milhões de francos suíços (R$ 3,1 milhões) em 1997.
Pagamentos feitos entre 1992 e 2000 e atribuídos a contas relacionadas aos dois totalizam quase 22 milhões de francos suíços (R$ 45 milhões). A Fifa divulgou os documentos horas depois de a Suprema Corte Suíça ter decidido que a imprensa deveria receber detalhes do caso. Teixeira e Havelange foram os dois únicos ex-dirigentes da entidade cuja identidade foi revelada.


Em nota divulgada também nesta quarta-feira (11), a Fifa expressa "satisfação" com a decisão da Justiça suíça e diz que está de acordo com o processo de reformas iniciado pela instituição no ano passado, para torná-la mais transparente. Em março, Teixeira deixou o Comitê Executivo da Fifa e a presidência da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014. A gestão de Teixeira na CBF foi marcada por denúncias de irregularidades.

O acordo encerrou uma investigação sobre propinas pagas a altos dirigentes da Fifa na década de 1990 pela ISL. Até a falência, no ano passado, a ISL comercializava os direitos de televisão e anúncios publicitários da Copa do Mundo para anunciantes e patrocinadores. Em 27 de dezembro de 2011, a Justiça suíça ordenou que a Fifa abrisse, em até 30 dias, os documentos do caso ISL, o que não ocorreu. Também no ano passado, a Polícia Federal brasileira abriu investigação sobre a denúncia. 


(Com Agência Brasil)

Nenhum comentário: