quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Com mais de 24 mil torcedores no estádio Santa Cruz vence mais uma

Daniel Leal - Diario de Pernambuco
No jargão futebolístico, quando dois times se enfrentam e apenas um busca o gol incessantemente, costuma-se dizer que que o jogo foi "de um time só". Santa Cruz 2 a 0 Ypiranga, ontem, no Arruda, foi o exemplo perfeito. Apesar de o placar não comprovar tanto o que foi o jogo, o Tricolor foi arrasador, ao mesmo tempo que encontrou um adversário empenhado apenas em se defender. O Santa atacou a Máquina de Costura durante os 90 minutos. Passou o tempo inteiro sem conseguir chegar ao gol. Bastou o primeiro minuto do segundo tempo para o volante Léo, que acabara de entrar, fazer um golaço e vencer o goleiro Geday, sensação da partida até então. Com a vitória, o Mais Querido agora soma nove pontos no Estadual e entra de vez na briga pela ponta da tabela.

Geday. Geday. Geday. O nome do goleiro do Ypiranga nunca foi tão repetido no Arruda. Chegou a ser exaustivo o tanto de vezes. Graças a ele, a Máquina de Costura não deixou o primeiro tempo tomando uma verdadeira goleada do Santa Cruz. Pelo menos em seis oportunidades, o "paredão" evitou de forma milagrosa o gol coral. Aos 27 minutos, até o pênalti cobrado por Weslley acabou espalmada por Geday. E não é exagero. A primeira etapa foi jogo de um só time. Ataque contra defesa. Ou melhor: ataque contra Geday. 

Branquinho, Weslley, Natan e Ranatinho. Todos arriscaram chutes contra a meta do Ypiranga. Todavia, nenhum deles chegou tão perto do gol como Flávio Caça-Rato. Na sua melhor partida com a camisa do Mais Querido, o atacante só não foi mais feliz na noite, por que na sua frente tinha uma verdadeira muralha. Aos 18, 21 e 29 minutos, Caça-Rato fez grandes jogadas individuais, em duas delas deixando os zagueiros no chão, acertando, em seguida, o ângulo adversário. Lá estava Geday. Era tanta pressão, que o volante Júlio Terceiro acabou tomando o segundo amarelo aos 39 minutos. Antes mesmo de ter um a mais, o Santa Cruz tinha total posse de bola, trocava passes com tranquilidade e pressionava constantemente. A bola parecia não querer entrar.

Na saída para o intervalo, o técnico Zé Teodoro avisou: "Vamos fazer alterações para furar essa barreira. Depois que o primeiro gol, o resto vem naturalmente", avisou, tranquilo, parecendo prever o que aconteceria. E assim foi: na volta para o segundo tempo, o treinador sacou Eduardo Arroz e Memo e colocou o estrante Luciano Henrique e o xodó da torcida Léo. E não demorou nem um minuto para que Léo fizesse o que os companheiros não fizeram em 45. Bela jogada pela esquerda e um boma sensacional, de fora da área, no ângulo. Dessa vez, Geday não alcançaria. 

Na frente do placar e com um a mais, o Santa Cruz começou a tocar a bola. Tranquilamente. E foi assim que o Santa foi ampliando o placar. Aos 15, Renatinho viu Geday adiantado e mandou, novamente, no ângulo. Mais um belo gol no Arruda. Com o jogo na mão, o Tricolor "tirou o pé do acelerador". Sem querer se arriscar e visivelmente satisfeito, o Tricolor ficou no 2 a 0 e na certeza que o time está em evolução.

Ficha do jogo
Santa Cruz 2
Tiago Cardoso; Eduardo Arroz (Léo), Leandro Souza, André Oliveira e Renatinho; Anderson Pedra, Memo (Luciano Henrique), Weslley e Natan (Jeferson Maranhão); Flávio Recife e Branquinho. Técnico: Zé Teodoro. 

Ypiranga 0
Geday; Carlinhos (Bruno Paraíba), Everaldo, Hugo e Teles; Júlio Terceiro, Wilson Surubim, Marcos Mendes e Robertinho (Diogo); Adelino (Ila) e Ludemar. Técnica: Dado Cavalcanti.

Local: Arruda. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Jossemmar Diniz e Ricardo Chianca. Gols: Léo, Renatinho (SC); Cartões Amarelos: Renatinho (SC); Júlio Terceiro, Geday, Wilson Surubim, Ludemar (Y); Cartão Vermelho: Júlio Terceiro (Y) Público: 24.525 Renda: R$ 237

Fonte: Supersportes

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